Fernando Antonio Nogueira Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888 em Lisboa-Portugal. Em 1914 cria os três principais heterônimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Alváro de Campos. Pensemos nos heterônimos... Acredito que cada um de nós deve ter vários heterônimos, ou seja as diversas pessoas que somos e que não expomos, porém Fernando Pessoa o fez, mas quem pode dizer se cada heterônimo era uma pessoa de Pessoa? O fato é que somente
ele soube brilhantemente fazê-lo, trouxe para nós o universo de cada heterônimo e cada qual com suas peculiaridades.
"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver,acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."
(Fernando Pessoa, em "O Eu Profundo"). Com certeza ele tinha muito mais a nos dar, mas aquela que acaba com os suspiros de todos e até dos poetas, o levou. Fernando faleceu em 30 de novembro de 1935 em Lisboa, aos 47 anos , mas vive para todos os amantes da literatura.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda Gira,
a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Cancioneiro)
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