terça-feira, 23 de setembro de 2008

Grande Pessoa

Foto: omj.no.sapo.pt/fotografias.htm
Texto 1: pensador.info/fernando Pessoa
Texto 2: Silvia de Souza e Souza

" Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso".

Fernando Pessoa escreveu obras tão grandiosas e em vida nunca foi reconhecido, morreu sem que seus projetos intelectuais se realizassem, seus últimos anos foram de angústia, como um profeta que espera ver sua profecia se cumprir, mas isso não aconteceu. Hoje podemos publicar tudo em blogs na internet , ou correr atrás de uma editora que se interesse pelo nosso trabalho. Se naquele tempo Fernando Pessoa tivesse um computador com internet... Mas isso não nos impediu de conhecer esse poeta maravilhoso e seus heterônimos. Acho que Fernando Pessoa era sim as várias pessoas de seus heterônimos, assim como cada um de nós, que somos um, mas no íntimo somos muitos.

" Sou do tamanho do que vejo... E não do tamanho de minha altura". Fernando Pessoa

sábado, 20 de setembro de 2008

Arte Cibérnética e educação

Foto: http://vejasaopaulo.abril.com.br/

Arte Cibernética e Educação

Assim como a velocidade da luz, se faz urgente atentarmos para relação da arte cibernética ligada à educação. Não se trata de uma emergência que representa perigo, mas emergência no sentido de levar essa tecnologia artística a dialogar com a área educional. É extremamente importante a interação do aluno com a arte e tecnologia. Um exemplo disso é a mostra cultural "Emoção Art.Ficial 4.0", onde podemos observar e até interagir com algumas obras de arte ligadas a tecnologia, como o trabalho da brasileira Raquel Kogan(veja na foto acima), uma obra intimista intitulada de Reler na qual temos a nossa frente uma estante composta de 50 livros-objeto. Ao abrirmos um livro, um mecanismo inicia trechos gravados de diversos autores. Dessa forma, o público compõe um manuscrito sonoro, sem que cada visitante deixe de ouvir o trecho do livro escolhido. Esta obra foi vencedora do Rumos Itaú Cultural Arte Cibernética em 2007.
O Brasil é repleto de atividades interessantes, mas tirar o aluno do cotidiano e trazê-lo para a realidade tecnologica aliada à arte é fazê-lo pensar, investigar, e quem sabe até criar.
É importante ressaltar que o professor é de extrema importância nesse processo aluno x tecnologia, seja com relação à arte ou qualquer outra disciplina. Todo o processo requer um olhar mais abrangente que envolve novas formas de ensinar e aprender, a complexidade se apresenta de diversas maneiras quando tentamos integrar o novo, o diferente. As pessoas questionam; mas o que há de diferente na informatização, na tecnologia invandindo cada vez mais nossos espaços? O que difere é que o compromisso com a educação tende a se ampliar, uma vez que estudantes tem acesso fácil a informática, mas não tendo orientação não haverá formação e sim deformação.
Com a amplitude dessas possibilidades, se pautada em princípios que priorizam a construção do conhecimento, do aprendizado de forma humanista , requer dos profissionais da área novas competências e atitudes para desenvolver uma pedagogia relacional: isto implica criar e recriar estratégias e situações de aprendizagem que possam tornar-se significativas para o aprendiz, sem perder de vista o foco da intencionalidade educacional.
Outro fator que raramente se pensa e creio é de fundamental importância, é levar aos pais de alunos informações sobre os novos caminhos do ensino e as novas formas de aprender integradas a tecnologia, trazê-los para o mundo virtual, dessa maneira eles(pais) em casa e professores na escola" falam a mesma língua"; e temos a chance de humanizar cada vez mais o ensino.